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Sustentabilidade global: papel dos créditos de carbono no Protocolo de Kyoto

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Nos últimos tempos, a crescente conscientização sobre os desafios ambientais globais tem impulsionado a busca por soluções sustentáveis que possam mitigar as emissões de gases de efeito estufa e minimizar os impactos das atividades humanas no clima do planeta.

Nesse contexto, o Protocolo de Kyoto emergiu como um marco significativo, delineando metas ambiciosas para a redução das emissões e introduzindo instrumentos inovadores, como os créditos de carbono.

Esses créditos, concebidos como uma forma de incentivar ações climáticas positivas, têm desempenhado um papel crucial na moldagem de estratégias de sustentabilidade global. Este texto explora a função dos créditos de carbono relacionados às metas do Protocolo de Kyoto, analisando seu impacto, eficácia e desafios na busca por um futuro mais verde e ambientalmente equilibrado. Leia e saiba mais!

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O que é o Protocolo de Kyoto?

O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional que visa combater as mudanças climáticas ao estabelecer metas de redução das emissões de gases de efeito estufa por parte dos países industrializados. Foi adotado em 1997 como um anexo à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) e entrou em vigor em 2005. Seu nome é uma referência à cidade japonesa de Kyoto, onde a conferência que levou à sua criação foi realizada.

O principal objetivo do Protocolo de Kyoto é reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que são responsáveis pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas. Para isso, o acordo estabelece metas quantificadas de redução das emissões para os países industrializados, conhecidos como “Anexo I”, em relação aos níveis de 1990. Essas metas variam de país para país e são projetadas para criar uma diminuição coletiva significativa das emissões em todo o mundo.

Uma das características marcantes do Protocolo de Kyoto é a introdução de mecanismos de flexibilidade, como os créditos de carbono. Esses mecanismos permitem que os países cumpram parte de suas metas de redução de emissões investindo em projetos de mitigação em outros países, geralmente em nações em desenvolvimento. Os créditos de carbono representam a redução de emissões gerada por esses projetos e podem ser adquiridos pelos países que buscam atender às suas metas de maneira mais eficiente ou econômica.

Qual é o papel dos créditos de carbono no Protocolo de Kyoto?

Os créditos de carbono desempenham um papel fundamental no Protocolo de Kyoto ao permitir a flexibilidade e a eficiência na busca por reduções de emissões de gases de efeito estufa. Esses créditos são um dos chamados “mecanismos de flexibilidade” criados pelo Protocolo, destinados a ajudar os países a alcançar suas metas de redução de emissões de forma mais econômica e eficaz.
Existem três principais mecanismos de flexibilidade no Protocolo de Kyoto, sendo um deles os créditos de carbono. Entenda!

Mecanismo de implementação conjunta (JI – Joint Implementation)

Este mecanismo permite que os países do Anexo I (países industrializados) invistam em projetos de redução de emissões em outros países do Anexo I. Os créditos de redução de emissões gerados por esses projetos podem ser usados para cumprir as metas de redução de emissões de seus próprios países.

Mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL – Clean Development Mechanism)

O MDL permite que os países do Anexo I invistam em projetos de redução de emissões nos países em desenvolvimento, que não têm metas obrigatórias de redução no âmbito do Protocolo. Os créditos de carbono gerados por esses projetos podem ser usados para cumprir as metas de redução de emissões dos países do Anexo I.

Comércio de emissões (Emissions Trading)

Este mecanismo permite que os países do Anexo I comprem e vendam unidades de emissão, que representam uma tonelada de CO2 equivalente. Os países que excedem suas metas de redução de emissões podem comprar unidades de emissão não utilizadas por outros países que tenham excedido suas próprias metas.

Sendo assim, os créditos de carbono são gerados quando um projeto de redução de emissões é certificado como tendo um impacto real e mensurável na diminuição das emissões de gases de efeito estufa. Esse certificado é emitido por autoridades designadas e os créditos podem então ser negociados no mercado internacional.

Portanto, os créditos de carbono fornecem uma maneira de incentivar o financiamento de projetos de redução de emissões em todo o mundo, incentivando a colaboração global na luta contra as mudanças climáticas.

Embora os créditos de carbono tenham sido uma inovação significativa no Protocolo de Kyoto, também geraram debates e críticas. Algumas preocupações incluem a qualidade dos projetos de redução, o risco de “dupla contagem” das reduções e a possível falta de impacto real na redução global das emissões, caso os projetos não sejam adequadamente supervisionados e verificados.

Por esse motivo, para que os créditos de carbono sejam realmente efetivos, é preciso contar com iniciativas que integram o ESG, critérios Ambientais (E), Sociais (S) e de Governança (G) no escopo dos projetos. Além disso, vale lembrar que os créditos de carbono são apenas uma das iniciativas na busca pelo cumprimento do Protocolo de Kyoto, que deve ser um esforço conjunto, contínuo e com espaço para inovações.

Acesse o site da CredCarbo e saiba mais sobre os créditos de carbono!

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