Apagar luzes que não precisam estar acesas é, sem dúvida, uma ação positiva em prol da economia de energia. Porém, é preciso muito mais para que seja posto em prática o conceito real de eficiência energética, tão negligenciado pelas empresas, mas essencial para o meio ambiente e capaz de oferecer inúmeros benefícios a todos.
O foco mundial hoje em dia é a sustentabilidade. Com isso, é fundamental que as empresas, independente do seu nicho de mercado, busque soluções para gastar menos dinheiro, poluir menos o planeta e até mesmo criar novos empregos a partir dessa nova visão sobre o meio ambiente. Além de reduzir custos na empresa, ela estará colaborando para aumentar os créditos de carbono de sua região e tornar cada funcionário apto para também contribuir individualmente com essa questão.
A eficiência energética e o crédito de carbono
A preocupação sobre o meio ambiente vem pautando os principais debates entre as nações, cujo marco foi a Rio Eco 2002, conferência das Nações Unidas criada para que fossem encontradas soluções práticas para diminuir a emissão de gás carbono na atmosfera.
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A Conferência de Kyoto, em 1997, criou diretrizes entre as nações desenvolvidas, para que elas criassem métodos sustentáveis de geração e emissão de energia, suficientemente capazes de diminuir o impacto na camada de ozônio do planeta. Afinal, a crise ambiental vem causando mudanças drásticas no mundo, provocadas pela variação climática de alta na temperatura.
Para evitar esse aceleramento, o Protocolo de Kyoto iniciou os créditos de carbono. Cada país em desenvolvimento tem metas progressivas para diminuir a emissão de gás carbono e quando elas são atingidas e possuem extras, são gerados créditos de carbono que podem ser negociados entre os países e regiões que não estão conseguindo chegar aos seus objetivos, por diversos fatores. Dessa forma, a meta global pode ser atingida e o planeta menos poluído.
Mas essa lição não atende só os país em desenvolvimento, já que todos também estão inseridos no projeto de purificação do meio ambiente. Com isso, foi criada a eficiência energética voltada para empresas, onde é preciso otimizar o consumo de energia a partir de ações bem planejadas e estruturadas para obter os resultados esperados.
Na prática, quando uma empresa reduz seu custo energético, mesmo que em valores diários menores, no final do mês terá uma economia significativa, que a classificará como mais eficiente. Com isso, por poupar mais recursos na sua produção, poderá ser mais competitiva no mercado e mais apta a novos investimentos.
A redução de custos é, sem dúvida, o item mais almejado entre as empresas. Com uma energia cara e responsável direta pela poluição do meio ambiente, os valores das faturas costumam assustar os gestores e impactar na sua lucratividade. Mas há ainda outros fatores relevantes para essas iniciativas.
Um deles é o aumento da produtividade. Afinal, a busca pela eficiência energética impulsiona os gestores a se debrucem em novas soluções para melhorar a produção. Com isso, é quase inevitável um aumento da produtividade e inovação nos métodos.
A sustentabilidade também é uma das vantagens da eficiência energética, a partir da capacidade da empresa de gerir sua empresa com o mínimo de agressão a natureza. Seja através do consumo de energia elétrica com menor impacto ambiental, seja com reciclagens e políticas que evitam o desperdício. Com isso, a empresa pode exibir o título de amiga do meio ambiente e se tornar ainda mais atraente diante dos clientes.
Além de todos os benefícios, ela também pode obter créditos de carbono. Os créditos de carbono são comercializados no mercado financeiro, fazendo com que suas ações em prol da eficiência energética revertam ainda mais em lucratividade.
Métodos para atingir a eficiência energética
Nem sempre para se chegar à eficiência energética é preciso gastar muito. Existem formas de sua implementação, a partir de estratégias básicas e inovadoras, que podem trazer um ótimo retorno imediato. Um desses princípios é a modernização dos equipamentos da empresa. A maior parte dos equipamentos antigos demandam muita energia, enquanto os mais atuais já são projetados para uma maior otimização. Inclusive, todos com eficiência energética possuem um Selo Procel para sua mais rápida identificação.
Os colaboradores também são essenciais para que esse projeto seja produtivo. É preciso que eles estejam atentos a atitudes de desperdícios e eles são os mais indicados para apontarem onde há maior consumo de energia e onde é possível modificar ações mais onerosas. Além disso, eles devem ser orientados e mudar suas atitudes diárias, como desligar as máquinas e luzes quando não estão em uso, descartar o lixo no local adequado entre outros ações. É importante que eles entendam que fazem parte do processo e cada atitude, mesmo que mínima, é relevante.
Para iniciar o processo em prol da eficiência energética e os créditos de carbono, é preciso que se faça um planejamento detalhado sobre tudo o que se pretende fazer e os objetivos a serem atingidos. Só a partir disso, é possível fazer a triagem dos equipamentos, a busca de novas formas de dinamizar e economizar energia e até o estimulo ao funcionário. Antes de mais nada, é preciso identificar os gargalhos de energia, onde há maior escoamento e desperdício. Em seguida, traçar ações e buscar até novas tecnologias para que elas sejam corrigidas e provoquem benefícios imediatos e retorno em crédito de carbono.
