A cidade mineira Poços de Caldas é conhecida pelas suas fontes de águas minerais e que podem ser eficazes em terapias medicinais. Mais próxima de São Paulo do que da capital do Estado, Belo Horizonte, Poços de Caldas mantém sua vocação para o turismo, fazendo com que grande parte do comércio e serviços sejam voltados para os visitantes.
Mas Poços de Caldas também é conhecida pelo extrativismo, indústrias e produção de laticínios, assim como sua qualidade de vida. Voltada para o cuidado do meio ambiente, a partir das suas indústrias mais pesadas, a cidade está alinhada ao mercado de crédito de carbono, possivelmente como fornecedora. Com isso, pode ajudar a impulsionar ainda mais a economia da cidade e abrir novas frentes de trabalho.
A cidade das águas minerais, do turismo e das indústrias
O Estado de Minas Gerais é conhecido por centros históricos bucólicos, comidas populares como o pão de queijo, extrativismo de pedras preciosas e metais, assim como um povo hospitaleiro para visitantes de qualquer parte do mundo. Poços de Caldas não é diferente, mas impressiona com sua arquitetura moderna e uma infraestrutura bem acima da média entre cidades do mesmo porte.
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Entrar em contatoCom serviços públicos mais eficientes, mobilidade urbana, a mistura equilibrada entre modernidade e natureza, Poços de Caldas é considerada uma das melhores cidades para se viver no Brasil. Além disso, seu polo industrial é pujante e vem se desenvolvendo desde os anos de 1970, ganhando força um pouco antes da pandemia.
A maior parte da população trabalhe para grandes empresas instaladas no local, como a Mineração Curimbaba e a Alcoa, voltadas para a extração de bauxita e ferro. Há ainda a Danone, Embtech, Ferrero Rocher do Brasil, Leal Dutra, Togni S/A entre outras, capazes de empregar mais de 28% da população e também de pessoas que moram nos arredores da cidade. Porém, os serviços e comércio também possuem uma larga fatia na economia da cidade e na sua empregabilidade.
Sua agricultura também vem se fortalecendo, a partir de plantações de eucaliptos, frutas, verduras, cafés em áreas vulcânicas, grãos, azeites e uma ampla pecuária, principalmente voltada para a produção de ovos e leite. O foco em criação de gado bovino, suíno e galinhas, dão o toque de “roça” a cidade, formando produtos reconhecidas até internacionalmente.
A cidade é referência em turismo familiar, já que apresenta atrações para todas as idades. Mas também é ótima para o turismo romântico, sendo sede de lua de mel para casais que desejam curtir momentos a dois com a natureza e o clima amistoso de Minas Gerais.
Poços de Caldas foi palco de tempos vindouros com os cassinos, assim como foco principal para quem desejava visitar uma cidade com vastas águas minerais para beber e se banhar. A água sempre foi o chamariz, mas é inegável afirmar que todas as suas linhas urbanas e suas árvores e paisagens, contribuem para que o turismo seja ainda mais interessante e atraia mais pessoas anualmente.
Mesmo que seja necessário fazer muito para combater a poluição de Poços de Caldas, incluindo políticas públicas, projetos educacionais e foco na conservação do meio ambiente, a cidade apresenta uma qualidade de vida acima da média ao ser comparada com outras cidades do mesmo porte.
Tudo porque o setor industrial vem buscando novas formas de diminuir os impactos de sua produção no meio ambiente, além da vocação própria da cidade com a valorização da natureza. Entre eles, há um empenho em se reestruturar para atingir as metas sobre os créditos de carbono, tornando-o fonte de lucro para a cidade.
O meio ambiente e o mercado financeiro
Com a regulamentação do crédito de carbono, houve uma aproximação ainda mais explícita entre o mercado financeiro e a gestão do meio ambiente. Afinal, além de trazer benefícios ao planeta, vida as espécies e maior qualidade de vida para a população em geral, evitar a emissão de gás carbono na atmosfera pode trazer lucros.
Concebido no Protocolo de Quioto em 1997, o crédito de carbono só começou a entrar em vigor em 2005, se tornando ainda mais concreto no Acordo de Paris, de 2015. Nele foram estabelecidas as primeiras metas internacionais de emissão de CO2 e desde então vem comprometendo países desenvolvidos e em desenvolvimento, em prol da diminuição sistêmica da emissão de gás carbono na atmosfera.
Os regulamentos fizeram com que as empresas e Estados fossem ainda mais pressionadas a buscar soluções para reduzir a emissão de gás carbono e proporcionar uma melhora ao planeta. Mesmo que muitas das soluções sejam provisórias, já é possível identificar os resultados prévios dessa iniciativa.
Os créditos de carbono e as compensações de carbono são negociados por investidores, apesar de terem mecanismos diferentes. Cada tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera, conta como um crédito de carbono. Para que isso aconteça, é preciso remodelar todos os processos da empresa, assim como da área urbana e até do cotidiano da população.
Conclusão
Seja trocando os combustíveis que usam biomassas não renováveis, buscar formas práticas de renovação da qualidade do ar como filtragens, entre muitas outras ações. Se uma empresa consegue remover uma unidade de carbono da atmosfera e gerar créditos, causa uma compensação de carbono voltada para aquelas que não conseguiram atingir suas metas, mesmo reformulando seus métodos de produção.
Com essa compra de créditos de carbono, a empresa mantém o equilíbrio das metas e faz com que toda a classificação seja mantida positivamente, através da redução da poluição. Quem faz essas negociações são investidores e corporações do mercado financeiro, criadas a partir desse nicho em expansão.