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Créditos de Carbono em plantações de Palmito – Saiba como comercializar

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A preocupação com a ecologia e como o ser humano vem danificando a natureza, fazem parte de um debate cada vez mais intenso sobre como diminuir os danos e tornar os processos mais sustentáveis e saudáveis. Uma das preocupações prioritárias é o excesso de emissão de gás carbono, que vem causando o efeito estufa na atmosfera e provocando o aquecimento global.

Os créditos de carbono foram criados, justamente como incentivo comercial para que os países desenvolvidos pudessem ser mais ativos na diminuição de emissão de gás carbono na atmosfera. Mesmo tendo sido criado no fim do século XX, só agora o crédito de carbono tem sido mais intensificado e debatido, com legislações próprias e possibilidade de lucro com atividades ecológicas.

A criação do crédito de carbono

A conferência Rio Eco 92 de 1994 reconheceu o aquecimento global que já vinha causando consequências alarmantes na Terra. Com a reunião de estadistas dos principais países desenvolvidos, foram firmados acordos e estudos mais profundos sobre a causa ecológica e a sustentabilidade.
Mas foi em 1997, com o Protocolo de Quioto, que foram definidos mecanismos e leis que pudessem tornar real ações contra o efeito estufa. Uma dessas ações foi a criação do crédito de carbono, que visava estimular a redução da emissão de gás carbono pelos países desenvolvidos e, ao mesmo tempo, financiar os países pobres a preservação.

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O Protocolo de Quioto definia um prazo entre os anos de 2005 a 2012, para a diminuição de 5% da emissão de gás carbono. Como as metas e prazos estabelecidos não foram cumpridos, pela dificuldade de implantação de novos mecanismos, assim como a falta de clareza nos resultados, foi necessário outro acordo, formalizado em Paris, em 2015.

O novo tratado designava o ano de 2020 como o início para a redução efetiva de emissão de gás carbono na atmosfera. Com as novas medidas, seria possível manter os esforços para erradicar a pobreza, manter estável a temperatura média do planeta, aprimorar a adaptação dos impactos negativos do aquecimento global e manter o fluxo das finanças para que novas ações fossem efetivadas.

As responsabilidades de cada país foram mantidas no Acordo de Paris, porém designando que os mais ricos confirmassem sua atuação e contribuição, que deve ser progressiva ao longo do tempo. Mais do que uma meta, os países desenvolvidos firmaram um acordo em comum de reduzir as emissões de gás carbono, com o apoio de um ao outro para chegar aos números propostos.

Da mesma forma que cabe a eles, auxiliar os países em desenvolvimento a criarem novas estratégias para baixar a emissão de gases em sua localidade. Contando também com a colaboração entre países, tanto os mais desenvolvidos quanto os menos.

Como cada país tem sua meta própria, aqueles que conseguem batê-la e até a ultrapassam, conseguem créditos de carbono e podem vendê-los para os que não conseguiram atingi-la. São muitas as ações necessárias para efetivar a diminuição dessa emissão, que incluem desde as indústrias, a agricultura e o cotidiano da sociedade. Com isso, há países que não conseguem os índices suficientes e compra os créditos para manter o equilíbrio determinado pelo Acordo de Paris.

Os créditos de carbono se tornaram uma moeda, cuja unidade corresponde a uma tonelada de dióxido de carbono. A partir desse cálculo, é possível mensurar a diminuição de gás carbono na atmosfera, tornando também capaz de comercializar os excedentes.

O palmito e os créditos de carbono

Uma das ações mais importantes para controlar e diminuir a emissão de gás carbono para a atmosfera, é mudar a forma de cultivar produtos agrícolas. Como no solo há três vezes mais gás carbono do que na atmosfera, o manejo das culturas, para que se torne uma aliada da natureza.

É o caso da pupunheira, onde é extraído o palmito. A pupunheira pode se adaptar a vários tipos de solos, mas o foco principal são dos que sejam mais ricos em nutrientes como o nitrogênio, potássio e fósforo. Mesmo requisitando muita água para seu desenvolvimento, a planta não convive bem com solos encharcados, assim como os que possuem textura mais argilosa precisam de um preparo especial para nivelar a compactação.

Como é preciso analisar o solo antes de iniciar o plantio, é possível manter uma adubação que mantenha o gás carbono no solo e não o “liberte” para atmosfera, o que é muito comum em cultivos que não se preocupam com a questão ecológica.

Os manejos na agricultura que visam diminuir a emissão de gás carbono, são chamados de sequestro de carbono, exatamente por impedir que ele seja liberado para o ar e permaneça em solo. Mesmo não sendo muito usual ainda no Brasil, o sequestro de carbono está em crescente desenvolvimento e pode ajudar não só a questão ecológica, como também a rentabilidade do produtor.

Ações como a recuperação de pastagens degradadas, sistema de plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta e tratamento de dejetos de animais, já tem sido praticadas por um número cada vez maior de produtores rurais, visando melhorar os créditos de carbono, para que o país possa despontar futuramente nesse ramo de negócio financeiro. Incluindo a capacitação de técnicos, a divulgação das ações, amplitude das pesquisas, regulamentação ambiental e distribuição de insumos para as práticas.

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