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Créditos de Carbono em plantações de Batata Inglesa – Como comprar e vender

Vender créditos Comprar créditos

O termo “crédito de carbono” tem sido cada vez mais abordado no mundo financeiro, mas ainda há poucas informações sobre do que se trata e todas as suas possibilidades. Ele faz parte da nova visão ecológica para comercializar a redução de emissões de gases do efeito estufa. Cada crédito de carbono equivale a uma tonelada do gás que deixou de ser emitido na atmosfera.

O crédito de carbono se tornou uma moeda, onde empresas com pouca redução de carbono podem comprar créditos para compensar sua defasagem. Como isso, há não só a manutenção do projeto, como incentiva a manter o equilíbrio da emissão do carbono na atmosfera. Além disso, viabiliza e comercializa a sustentabilidade pelo mundo.

A luta contra o aquecimento global

A Rio Eco 92, primeiro evento organizado pela ONU com foco no meio ambiente, foi realizada no Rio de Janeiro e reuniu chefes de Estado, cientistas, diplomatas, políticos e gestores ambientais, para debater formas de desenvolvimento ambiental sustentável. Além da Declaração da Conferência da ONU sobre Meio Ambiente, o encontro também abordou gestão de recursos naturais, prevenção de poluição, direitos humanos e foi o início da criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Canais de Atendimento

A proposta do mercado de carbono começou a ser abordada nessa conferência, mas a decisão de sua implantação aconteceu no Protocolo de Quioto, no Japão. O acordo internacional feito em 1997, estabeleceu que os países desenvolvidos diminuíssem a emissão de gás carbono na atmosfera, em 5,2% entre os anos de 2008 e 2012. Com isso, seria possível diminuir as consequências do efeito estufa e redirecionar as estratégias sobre o meio ambiente.

A meta de diminuição é coletiva, porém, cada país tem suas metas individuais de acordo com sua realidade. A influência principal recai no índice de desenvolvimento de cada país, onde uns puderam ter permissão de aumentar suas emissões, enquanto outros se mantiveram com metas mais altas.

Enquanto os EUA ficaram com uma meta de 7%, a Rússia foi a 0%, enquanto Japão com 6% e a União Europeia com 8% e a Austrália com 8%, por exemplo. Já países em desenvolvimento, ficaram de fora dessa meta, como foi o caso da Índia e China. Essas taxas acabaram provocando reações, como a dos EUA, que não aceitou assinar o acordo alegando que teria prejuízos em sua economia.

Para os países que promovessem a redução de emissão de gases poluentes, teriam uma certificação de créditos de carbono e poderiam comercializá-los para quem enfrentasse dificuldades em cumprir suas próprias metas.

Porém, o Acordo de Paris substituiu o Protocolo de Quito, mudando algumas cláusulas pontuais nesse processo. Uma delas é uma melhor definição sobre o que é o crédito de carbono e a indicação para que as negociações entre países fossem feitas de forma doméstica. Ou seja, cada país pode definir quanto precisa, quer e pode reduzir, assim como quem deseja comprar os créditos.

A moeda de créditos de carbono foi regulamentada, mas a sua implantação ainda é feita de forma lenta entre os países. Uma das indicações do mercado financeiro sobre essa lentidão, fala sobre os outros propósitos não comerciais a que os créditos de carbono também movimentam.

Há ainda pouca mão de obra especializada, para viabilizar com mais eficácia o projeto, a partir da venda de créditos de carbono. Porém, é cada vez maior o interesse dos países em tornar essa moeda mais ativa e rentável, permitindo ganhos financeiros e ainda manter o foco na melhora atmosférica.

A batata inglesa pode se tornar crédito de carbono

Os projetos de REDD, Redução das Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal, permitem que propriedades rurais possam também serem geradoras de créditos de carbono. Para isso, são avaliados quesitos como localização, documentação em dia, cobertura florestal e o pagamento de uma taxa de desmatamento.
Quanto maior a propriedade, maiores serão as chances de se tornar uma geradora de créditos de carbono, sempre acima de 10 mil hectares. Melhor ainda se estiverem localizadas na Região do Cerrado e Amazônica. Após a verificação da localização, é calculada a taxa de desmatamento média e anual, que se baseia no desmatamento histórico do local.
Porém o cálculo do crédito de carbono tem mais a ver com o entorno da propriedade do que com sua dimensão. Se ela está perto de áreas sensíveis como hidrelétricas e madeireiras, seu valor será maior do que as propriedades de áreas isoladas ou com maior preservação ambiental.
Outro ponto importante é o tipo de cultivo realizado na propriedade. A agricultura se tornou ponto de estratégia em projetos ecológicos, especialmente os que abordam o aquecimento global. O cultivo de alimentos pode ser responsável por até 23% a 25% das emissões de gás carbono, mas processos de cultivo naturais, com tratamento do solo, podem absorver o dióxido de carbono e contribuir positivamente para a atmosfera.
Uma das culturas usadas pelos agricultores para efetivar o sequestro de carbono, é o cultivo de batata inglesa. Um dos legumes mais consumidos no mundo, a batata inglesa pode ajudar a excluir a emissão de gás carbono, de acordo com a gestão de seu plantio.
Como as plantas, naturalmente, realizam a fotossíntese e “sequestram” o carbono do ar e o transforma em carboidratos. Enquanto uma parte fica presente no próprio alimento, como é o caso da batata inglesa rica em carboidratos, outra parte fica armazenada em madeira e raízes. Como madeiras, folhas e raízes se decompõem, acabam se tornando matéria orgânica que permite ao solo um maior acúmulo de gás carbono.
É fato que há três vezes maios gás carbono no solo do que na atmosfera, mas o seu manejo incorreto, faz com que esses gases sejam liberados. No Brasil há alguns projetos voltados para o uso correto do solo, tais como:
1 – Sistema de Plantio Direto
2 – Fixação biológica de Nitrogênio
3 – Florestas Plantadas
4 – Recuperação de pastagens degradadas
5 – Tratamento de desejos de animais

Como o cultivo da batata inglesa é delicado, é preciso garantir água na quantidade certa, junto com os cuidados do solo para que seu plantio seja abundante e saudável. Há boas perspectivas para os próximos anos sobre as safras, evoluindo após a pandemia da Covid 19.

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