O governo brasileiro já publicou um decreto onde regulamenta o crédito de carbono no mercado. Com isso, se definiu o conceito designado como um “ativo financeiro, ambiental, transferível e representativo”, agindo em prol da melhor qualidade do meio ambiente. Essa regulamentação foi essencial para que os produtores pudessem iniciar seu planejamento de cumprir metas climáticas e ao mesmo tempo, ter maiores e melhores oportunidades no mercado mundial.
Mesmo que as metas ainda não estejam estabelecidas, já há um compromisso entre os ministérios de diminuir as emissões de gases que colaboram com o efeito estufa. Com isso, as transações para implementar os compromissos, poderão gerar créditos com certificados. Cidades como Nova Friburgo, localizada no Estado do Rio de Janeiro, já terão benefícios com essa nova regulamentação.
Uma maneira inteligente de alinhar a qualidade do ar
Cada crédito de carbono representa uma tonelada do gás que não foi emitida para a atmosfera. Com isso, é possível contribuir para a diminuição do famoso efeito estufa, que modifica o clima e causa uma série de danos estruturais da Terra. Assim como são muitos os fatores que danificam o clima, existe também a sua substituição por biomassas renováveis.
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Essas substituições permitem que seja feita uma avaliação mais abrangente sobre o quanto está sendo economizado de carbono e de como isso está gerando retorno a qualidade do ar. Essas ações devem ser realizadas por todos os tipos e portes de empresa, na busca por métodos de mais qualidade para sua produção.
Porém, há casos onde mesmo com projetos relevantes e iniciativas para diminuir ao máximo a emissão de carbono, as opções são reduzidas pelo tipo de atividade. Com isso, fica mais difícil ou até impossível bater as metas estipuladas. Com o crédito de carbono, é possível que uma empresa compre créditos excedentes de outra, para com isso manter em dia suas metas.
Visto como uma moeda, o crédito de carbono pode dar lucro a empresas que passam de suas metas e tem excedente do mínimo de suas emissões, assim como contribui indiretamente para equilibrar os níveis de emissão de gases gee, tornando o desenvolvimento mais sustentável principalmente para comunidades de baixa renda.
Com isso, não basta apenas regulamentar a moeda, mas também torna-la viável e lucrativa para o país. Afinal, as metas não são apenas para os produtores e indústrias, mas para todo o país. Isso significa que é fundamental que existam políticas que tornem as ações mais sustentáveis em todas as camadas da população.
O Protocolo de Quioto, criado em 1997, é um marco na condução do crédito de carbono. Com ele, os países desenvolvidos se subordinaram a metas que reduzisse as emissões de gases, já que são eles os maiores emissores. Essas metas são obrigatórias, aumentando ao longo dos anos.
Como boa parte dos países apresentam dificuldades em modificar quase que radicalmente sua estrutura para atingir essas metas, aqueles que conseguem ter uma boa redução podem gerar créditos para equilibrar as metas do país. Esses créditos criados são auditados por órgãos independentes das Nações Unidas, ou seja, que não possuem ligação política com os países.
Dentre as vantagens de se possuir crédito de carbono estão o investimento maior em ações de sustentabilidade, utilização do marketing verde, crescente em todo o mundo, e o desenvolvimento do próprio negócio, que amplia suas opções no mercado. Sem contar com o benefício social que os créditos podem causar, já que muitos dos investimentos abrangem comunidades ao redor das indústrias.
Da moda íntima ao turismo, uma cidade em busca da qualidade de vida
Pela sua bela paisagem e clima mais frio, Nova Friburgo tem notória vocação para o turismo. Tanto lugares bucólicos quanto as trilhas para atividades eco-esportivas e de aventura, a cidade é tão diversificada que pode atrair desde famílias até casais em busca de passeios mais românticos.
A cidade de Nova Friburgo, localizada na região centro oeste do Estado do Rio de Janeiro, é conhecida como a capital nacional da moda íntima, com um setor industrial têxtil e de vestuário bastante pujante. Com isso, possui um grande volume de vendas no atacado, de pessoas interessadas em renda extra ou que possuem lojas.
Assim como a indústria têxtil, sua produção de flores é das maiores do Brasil, abaixo apenas de Holambra. Tanto o cultivo de flores quanto a têxtil, acompanharam as tradições de seus imigrantes alemães que vieram para a região no século XIX.
Bem colocada dentre os maiores produtores nacionais de vinhos, queijos e chocolate, tem no setor metalúrgico destaque, tal como uma considerável produção agrícola. Mas é o setor de serviços que apresenta o maior PIB da cidade. Sendo classificada como a décima primeira em qualidade de vida do Rio de Janeiro.
Pontos turísticos tais como a Casa da Suíça, que tem uma queijaria-escola e é um marco da colonização, Jardim do Nêgo, Apiário Amigos da Terra, o Parque Estadual dos Três Picos, o Pico da Caledônia são alguns dos lugares imperdíveis para visitação.
Com suas indústrias, atividades agrícolas e o turismo sendo a base econômica da cidade, Nova Friburgo tem potencial de se destacar em venda de créditos de carbono, para outras cidades com menor amplitude de opções. Toda sua infraestrutura já a predispõe a atingir suas metas ao longo dos anos, até mesmo sendo um exemplo para outras cidades do mesmo porte.
