Nem todas as cidades litorâneas têm qualidade de vida e preocupação com o meio ambiente, mas sem dúvida, Maricá é das mais engajadas. Município do Rio de Janeiro que faz divisa com Niterói possui distritos bastante conhecidos como Itaipuaçu e Ponta Negra, além de uma ótima infraestrutura urbana, belas praias e uma natureza exuberante.
Sua economia era baseada na pescaria e no turismo, mas atualmente são os royaties de petróleo a principal força financeira da cidade. Enquanto isso, vem buscando com o poder público, novas formas de se adequar as necessidades de cuidado com o planeta, olhando com mais cuidado e interesse para as metas do crédito e carbono.
Entre o urbano e a natureza exuberante
A Região dos Lagos se inicia com o município de Maricá, localizado na Grande Niterói e cercado de maciços costeiros que provocam grandes lagoas que deságuam no oceano. Sua topografia privilegiada é um incentivo ao turismo e aos esportes, principalmente os voltados ao meio ambiente como o voo livre, mountain bike e trekking.
Canais de Atendimento
Os arcos formados pelas montanhas criam uma bela paisagem com as lagoas de Maricá, Barra de Maricá, Padre, Brava, Guarapina e Jaconé, cujas águas desaguam nas praias oceânicas de Ponta Negra e Itaipuaçu. Um contraste entre as águas calmas das lagoas e o mar aberto e de ondas fortes das praias. Além delas, há as praias do Francês, Barra de Maricá, Guarapina, Bambui, Cordeirinho, Sacistia, Aeronáutica e Jaconé, que faz divisa com Saquarema.
A Serra da Tiririca é uma das maiores representações da Mata Atlântica, com vasta biodiversidade. São mais de 400 tipos de flora e 20 espécies de fauna encontradas apenas ali. Apesar as constantes ameaças da construção civil, com obras para imóveis tipicamente de veraneio, é grande a preocupação com a preservação.
Se no passado a economia de Maricá era voltada exclusivamente para as atividades pesqueiras e agricultura, hoje ela é um dos municípios que produzem petróleo no Estado. Ela recebe royaties que ajudam a elevar a receita da cidade. Por ser próxima a capital e pela sua infraestrutura, Maricá tem estimulado a construção civil para construção de casas de veraneio.
Mas há atualmente uma maior procura por moradia mesmo, inclusive em condomínios fechados. Um dos motivos é a qualidade de vida da cidade. Em 2015 passou a ter tarifa zero de ônibus para sua população, assim como uma infraestrutura que valoriza o turismo local. A região possui fazendas histórias e abertas a visitação e duas aldeias indígenas, a de Tekoa Ka´auguy Hovy Porã e a de Ara Owy Rê.
Crédito de carbono, o impulso prático e lucrativo para mudar o planeta
Há algumas décadas em que o meio ambiente vem sendo discutido com muita preocupação entre as nações. As alterações climáticas provocadas pelo efeito estufa vêm gerando problemas crescentes como maremotos, diminuição das calotas de gelo dos árticos entre outros problemas graves e que repercutem em todo o planeta.
Desde a Rio Eco 92, evento que uniu chefes de Estado de países desenvolvidos e em desenvolvimento para debaterem problemas e soluções sobre o meio ambiente, que o tema ganhou um novo apelo. Foram criados projetos para diminuir o impacto poluente, não só nos grandes centros urbanos, mas para todos os locais.
Um deles, iniciado no Protocolo de Quito e que foi regulamentado no Acordo de Paris, foi a criação dos créditos de carbono. Em resumo, as nações desenvolvidas têm metas para reduzir a emissão de gás carbono para a atmosfera. Mesmo com a dificuldade em implantar novas ações no cotidiano de indústrias, empresas em geral e na população, as metas vão aumentando anualmente para que seja viável essas modificações.
Cada crédito de carbono é criado com uma tonelada de gás carbono que não foi emitido. Com isso, é gerado um valor disponível no mercado financeiro e que pode ser adquirido por aqueles que não conseguem atingir suas metas. Dessa forma, o meio ambiente atinge o equilíbrio necessário entre a vida moderna e a qualidade do ar, capaz de restabelecer a harmonia do meio ambiente.
Seu intuito é pressionar as empresa a encontrar maneiras de reduzir a emissão de gás carbono. Mesmo que para alguns setores ele seja mais difícil, é fundamental encontrar novos caminhos para lidar com a natureza sem o método predatório de antes.
Com o estímulo financeiro e na reputação mundial que essas empresas podem adquirir de forma positiva ou negativa, os efeitos já começam a ser observados. Apesar das metas ainda serem distantes, as mudanças de conscientização já é notória e foco da filosofia de grande parte das empresas, fazendo parte de seu marketing institucional.
Considerações finais
Se uma empresa consegue remover uma unidade de carbono da atmosfera, ela já está apta a gerar uma compensação de carbono e disponibilizar seu excedente para que outras empresas também possam reduzir a sua cota.
É comum que a compensação de carbono também seja conhecida como créditos de compensação, mas há uma sutil distinção regulatória entre os termos. Enquanto há empresas que ainda justificam suas altas emissões, sua qualificação de crédito fica mais baixa no mercado diante da incerteza de seus fluxos.
Em geral, elas pagam um preço alto pelas compensações de carbono, o que faz com que elas se preocupem ainda mais em rever seus processos de sustentabilidade.
