A compostagem é uma prática que transforma resíduos orgânicos em adubo natural, ajudando a reduzir o volume de lixo descartado e promovendo um ambiente mais sustentável. Com o aumento da preocupação ambiental, muitas pessoas têm buscado maneiras de reduzir o impacto dos resíduos no planeta, e a compostagem caseira se destaca como uma excelente alternativa. De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, cerca de 50% do lixo doméstico no Brasil é composto de resíduos orgânicos que podem ser compostados, o que evidencia o potencial da prática para reduzir o volume de resíduos em aterros.
A compostagem em casa é uma maneira simples e eficaz de reduzir os resíduos orgânicos e, ao mesmo tempo, obter um fertilizante natural que pode ser usado em jardins, hortas e vasos. Neste guia, vamos explorar os passos práticos para começar a compostar em casa, abordando desde os tipos de compostagem até a manutenção da composteira e como usar o composto gerado.
Escolhendo o Tipo de Compostagem Ideal para Você
Há várias formas de compostagem que podem ser adaptadas para o ambiente doméstico, e escolher o tipo certo depende de fatores como espaço disponível, tempo para manutenção e tipo de resíduos que você pretende compostar. Aqui estão as principais opções:
Canais de Atendimento
Telefone
0800 591 1050Formulário
Entrar em contatoCompostagem com Minhocas (Vermicompostagem)
A vermicompostagem é uma das técnicas mais populares para quem quer compostar em casa. Esse método utiliza minhocas, geralmente da espécie Eisenia fetida (minhoca-californiana), que são eficientes na decomposição de matéria orgânica. Segundo estudos da Embrapa, a vermicompostagem reduz o tempo de compostagem pela metade em relação ao método convencional. Além disso, é uma prática silenciosa e pode ser feita em pequenos espaços, como apartamentos.
Compostagem Termofílica
Outro método é a compostagem termofílica, que envolve a decomposição de resíduos em altas temperaturas. Esse tipo de compostagem é mais comum em áreas rurais ou em quintais, pois exige espaço e o manejo adequado para manter a temperatura elevada, o que acelera o processo de decomposição. Essa técnica também requer um maior volume de resíduos para funcionar, tornando-a ideal para famílias maiores ou locais que geram uma quantidade considerável de resíduos orgânicos.
Compostagem em Balde
A compostagem em balde é uma opção prática para quem vive em espaços pequenos. Utilizando baldes perfurados, os resíduos são depositados em camadas com serragem ou outro material seco, o que ajuda a controlar odores e facilita o processo de decomposição. Essa técnica é ideal para quem tem pouco espaço e deseja uma solução prática e barata para compostar.
Montando sua Compoteira: Passo a Passo
Depois de escolher o tipo de compostagem mais adequado, é hora de montar sua composteira. Aqui está o passo a passo para configurar a sua composteira em casa:
- Escolha do Recipiente: O recipiente deve ser adequado ao tipo de compostagem. Para vermicompostagem, é possível usar caixas empilháveis com furos para facilitar a drenagem e a circulação de ar. Para compostagem em balde, um ou dois baldes de plástico perfurados já são suficientes.
- Adição de Material Orgânico: Insira os resíduos orgânicos, como restos de frutas e vegetais, folhas, borra de café e cascas de ovo. Evite adicionar carnes, gorduras e laticínios, pois podem atrair pragas e causar mau cheiro.
- Material Seco: Intercale camadas de resíduos orgânicos com material seco, como folhas secas, serragem ou papel picado. Esses materiais evitam o mau odor e ajudam a controlar a umidade na composteira.
- Manutenção e Revolvimento: É importante revirar a composteira a cada semana, o que ajuda na aeração e acelera o processo de decomposição. Na vermicompostagem, o revolvimento é dispensável, pois as minhocas cuidam da oxigenação ao se moverem pelo material.
- Controle da Umidade e Temperatura: A umidade ideal para a compostagem deve ser semelhante a uma esponja ligeiramente umedecida. Se estiver muito úmido, adicione mais material seco; se estiver seco, borrife um pouco de água.
O Que Colocar e Evitar na Compostagem
Saber quais resíduos podem e não podem ser compostados é fundamental para o sucesso do processo. De acordo com o Instituto Akatu, é importante entender a diferença entre resíduos “verdes’ e “marrons’ na compostagem:
- Resíduos Verdes: Restos de frutas, vegetais, borra de café e saquinhos de chá. São ricos em nitrogênio e ajudam a ativar a decomposição.
- Resíduos Marrons: Folhas secas, papelão, serragem e papel picado. Esses materiais são ricos em carbono e auxiliam no controle da umidade e aeração.
- Resíduos que Devem Ser Evitados: Carnes, gorduras, laticínios e restos de comida cozida não são indicados para a compostagem caseira, pois podem causar mau cheiro e atrair insetos.
Manutenção e Monitoramento da Composteira
A manutenção regular da composteira é essencial para evitar problemas como mau odor, presença de insetos ou mofo. A seguir, estão algumas dicas para cuidar bem da sua composteira:
Controle de Odor
O mau cheiro na composteira é geralmente sinal de excesso de umidade ou falta de material seco. Adicione mais resíduos marrons e evite adicionar líquidos na composteira. Manter a proporção correta entre resíduos verdes e marrons também ajuda a evitar odores desagradáveis.
Presença de Insetos
Insetos como mosquinhas podem aparecer se a composteira estiver muito úmida ou se houver restos de alimentos expostos. Certifique-se de cobrir bem os resíduos orgânicos com uma camada de material seco e de manter a composteira fechada para evitar a entrada de insetos.
Fazer compostagem em casa é uma prática acessível que traz múltiplos benefícios, tanto para o meio ambiente quanto para o bem-estar das pessoas. Com passos simples, é possível reduzir a quantidade de resíduos enviados para aterros, produzir um fertilizante natural e contribuir para um planeta mais sustentável. Além disso, a compostagem promove uma mudança de mentalidade em relação ao consumo, ajudando a construir uma sociedade mais consciente e responsável.
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