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A evolução do mercado de créditos de carbono

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A crescente preocupação com as mudanças climáticas e a busca por soluções para mitigar os impactos ambientais têm desencadeado uma revolução no mundo dos negócios e das finanças. Nesse contexto, a evolução do mercado de créditos de carbono tem caminhado como uma das estratégias de sustentabilidade mais relevantes do momento.

Neste artigo, exploramos a trajetória desse mercado em constante mutação, examinando como ele passou de um conceito emergente a uma ferramenta crucial na luta contra as emissões de gases de efeito estufa.

A análise desse percurso nos permitirá compreender melhor o papel dos créditos de carbono no combate às mudanças climáticas e as tendências que moldam o futuro desse mercado dinâmico.

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Como e quando os créditos de carbono surgiram?

Os créditos de carbono surgiram como parte de uma estratégia global para enfrentar as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Sua origem remonta à década de 1990, com o estabelecimento do Protocolo de Kyoto.

O Protocolo de Kyoto foi um tratado internacional assinado em 1997 e entrou em vigor em 2005. Ele tinha como objetivo definir metas para a redução das emissões de GEE pelos países industrializados. Sob o Protocolo, os países comprometeram-se a reduzir suas emissões em relação aos níveis de 1990. No entanto, o Protocolo reconheceu que alguns países teriam dificuldades em cumprir suas metas de redução.

Foi nesse contexto que surgiu o conceito de créditos de carbono. Os créditos de carbono são unidades de redução de emissões geradas por projetos que diminuem a emissão de GEE. Esses projetos podem ser realizados em países em desenvolvimento e em economias de transição.

Assim, quando um projeto de redução de emissões é certificado, ele gera créditos de carbono que podem ser comprados e utilizados por países do Protocolo de Kyoto para cumprir parte de suas metas de redução. Isso permitiu que países industrializados cumprissem parte de suas obrigações de redução de emissões de maneira mais econômica, ao mesmo tempo em que incentivaram investimentos em projetos de sustentabilidade em nações em desenvolvimento.

O nascimento do mercado de créditos de carbono

O mercado de carbono, onde esses créditos são comprados e vendidos, tornou-se uma peça fundamental na implementação do Protocolo de Kyoto. Afinal, o comércio de créditos de carbono permite a transferência de recursos e tecnologia dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento, promovendo o desenvolvimento sustentável.

No entanto, é importante salientar que o Protocolo de Kyoto teve limitações e não foi adotado universalmente.

Créditos de carbono e o Acordo de Paris

Ainda que o Protocolo de Kyoto tenha perdido parte de sua relevância, o conceito de créditos de carbono persiste e evoluiu em novos acordos climáticos, como o Acordo de Paris, assinado em 2015.

O Acordo de Paris também reconhece a importância de reduzir as emissões e incentiva a cooperação internacional nesse sentido. Portanto, a ideia dos créditos de carbono continua a desempenhar um papel no cenário global para combater as mudanças climáticas, mesmo que tenha evoluído desde os primeiros dias do Protocolo de Kyoto.

A evolução do mercado de créditos de carbono desde o Acordo de Paris

Desde a assinatura do Acordo de Paris em 2015, o mercado de créditos de carbono passou por mudanças significativas. Afinal, o Acordo de Paris representa um marco fundamental no combate às mudanças climáticas, com o compromisso de limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais.

A seguir, entenda alguns marcos relevantes sobre a evolução do mercado de créditos de carbono desde o Acordo de Paris.

  • Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS) e Mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD+): o Acordo de Paris reforçou a importância de mecanismos de mercado, incluindo o MDS e o REDD+, que estavam presentes no Protocolo de Kyoto. O MDS permite que os países desenvolvidos invistam em projetos de redução de emissões em países em desenvolvimento. O REDD+ se concentra na redução de emissões provenientes do desmatamento e da degradação florestal. Esses mecanismos continuaram a evoluir e foram discutidos nas conferências climáticas posteriores;
  • Artigo 6 do Acordo de Paris: o Artigo 6 do Acordo de Paris prevê o uso de mecanismos de mercado como parte integrante das estratégias de mitigação das emissões. No entanto, a implementação efetiva do Artigo 6 provou ser complexa e foi tema de negociações em várias conferências climáticas. O principal objetivo do Artigo 6 é permitir a cooperação internacional na redução de emissões e estabelecer regras para a contabilidade de emissões;
  • Criação de mercados voluntários de carbono: além dos mecanismos regulatórios, os mercados voluntários de carbono têm crescido substancialmente. Empresas e indivíduos interessados em compensar suas emissões de carbono estão comprando créditos de carbono em projetos de redução de emissões. Isso criou oportunidades para financiar projetos ambientais em todo o mundo;
  • Tecnologia e inovação: avanços na tecnologia, como blockchain e sistemas de rastreamento de emissões, estão sendo aplicados para aumentar a transparência e a eficiência nos mercados de carbono. Isso ajuda a garantir que os créditos de carbono sejam rastreáveis e confiáveis;
  • Intensificação da pressão para ação climática: a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas e a pressão da sociedade civil e de investidores levaram muitas empresas a buscar a neutralidade de carbono. Isso estimulou a demanda por créditos de carbono e a incorporação de estratégias de compensação de carbono em suas operações;
  • Desafios e complexidades: a evolução do mercado de créditos de carbono também trouxe desafios, como o risco de greenwashing (falsa afirmação de práticas sustentáveis), a necessidade de garantir a integridade dos créditos de carbono e a definição de padrões globais robustos.

Resumindo, desde o Acordo de Paris, o mercado de créditos de carbono tem visto mudanças substanciais, com um foco contínuo na mitigação das emissões de gases de efeito estufa e na promoção de práticas sustentáveis.

Dessa forma, à medida que a conscientização sobre as mudanças climáticas cresce, é provável que o mercado de carbono continue a se desenvolver e desempenhar um papel importante nas estratégias de combate às mudanças climáticas. No entanto, ainda existem desafios a serem superados para garantir que esses mercados sejam eficazes e confiáveis.

O mercado de créditos de carbono está em constante crescimento e evolução, portanto, as empresas que desejam crescer com sustentabilidade devem se informar sobre o assunto. Acesse o site da CredCarbo e saiba tudo sobre esse mercado!

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