O senso comum costuma afirmar que não é possível que uma empresa obtenha altos lucros e seja sustentável ao mesmo tempo, mas a verdade é que a sustentabilidade pode ser uma aliada de negócios para reduzir despesas e aumentar resultados positivos.
Neste texto você entenderá mais sobre o mercado de compensação de carbono (Carbon offset), bem como as vantagens que a sua empresa pode usufruir.
Continue lendo para revolucionar os processos produtivos da sua empresa.
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Por que ser sustentável?
A sustentabilidade age em diversos campos, não somente ambiental, na preservação de recursos naturais e em iniciativas para diminuição da degradação do planeta, mas também em questões sociais e econômicas.
A degradação do meio ambiente, que se dá principalmente através da emissão de gases do efeito estufa, é grave e atinge a todos, o que, inevitavelmente afetará as corporações e empresas. Por tal razão colaborar com o combate a poluição é um dever de todos, e para negócios é uma questão de sobrevivência empresarial.
Toda empresa, além de buscar lucros, que é seu objetivo principal, deve exercer a sua função social, isto é, ter a consciência que está inserida dentro de um contexto de uma sociedade e que suas ações podem ter impactos nas pessoas ao seu redor.
Mas ser sustentável não é necessário somente para diminuir os impactos no ambiente e na sociedade, mas também porque é útil para garantir a sobrevivência da empresa, diminuindo riscos, otimizando resultados e evitando desperdícios.
Além dos resultados na otimização do processo produtivo, a empresa ganha uma melhoria na imagem da marca, visto que é cada vez mais forte a tendência do consumidor de preferir consumir produtos e serviços de empresas sustentáveis.
Mercado de crédito de carbono
O mercado de créditos de carbono surgiu a partir de uma necessidade global de reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa, onde se convencionou que uma tonelada de dióxido de carbono (CO²) equivale a um crédito de carbono.
O Protocolo de Kyoto é um compromisso internacional assinado por mais de 175 países em 1997 e pretende reduzir aproximadamente 55% da emissão de gases do efeito estufa em níveis mundiais, estabelecendo metas para cada país conforme uma faixa, que considera níveis industriais e de desenvolvimento socioeconômico.
Desta forma, a partir do protocolo foi criado o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que objetiva a certificação de reduções de emissões de gases, que denominou-se como crédito de carbono.
Os créditos de carbono, também chamados de redução certificada de emissões, equivalem a uma tonelada de CO², outros gases que igualmente influenciam o efeito estufa podem ter suas reduções creditadas de maneira semelhante.
Os créditos de carbono são altamente lucrativos. Estima-se uma previsão para que o mercado mundial movimente cerca de R$ 50 bilhões até 2030.
Assim, empresas sustentáveis podem vender seus créditos de carbono, adquiridas através de práticas sustentáveis devidamente certificadas, como reflorestamento, para corporações ou países que não puderam, por diversas razões, cumprir com as suas metas de redução de gases.
Offsetting de carbono
Os créditos de carbono são divididos em duas classificações com características próprias: Insetting e Offseting.
Ambas as classificações, apesar de contarem com estratégias distintas possuem o mesmo objetivo, combater a emissão de gases do efeito estufa e, assim, diminuir a intensidade das mudanças climáticas.
Insetting de carbono procura reduzir as emissões de gases de uma organização ou corporação, como uma empresa, através de investimentos em projetos internos sustentáveis que objetivam trazer vantagens sociais, econômicas e ambientais.
Já o offsetting depende do financiamento de projetos externos de redução de emissão de carbono, como de redução de resíduos e de placas fotovoltaicas, visando o equilíbrio de emissões por um evento ou empresa.
Deste modo, enquanto o insetting, também chamado de inserção de carbono pretende ser uma solução a longo prazo, em sentido mais permanente, o offsetting age mais pontualmente na neutralização de emissões de um evento específico.
O offsetting ou compensação de carbono, como também é mais conhecido, é muito mais conhecido popularmente do que a inserção de carbono, e ocorre quando uma empresa ou indivíduo de maneira particular contribui com o financiamento de uma organização ou terceiro com o objetivo de causar um retorno positivo para o meio ambiente, neutralizando emissões de carbono.
A principal diferença do offset para o inset é que o primeiro foi desenvolvido para o mercado voluntário de carbono, já o segundo foi pensado para empresas que possuem uma cadeia produtiva específica.
Vantagens da compensação de carbono
Tanto o insetting como o offsetting de carbono apresentam inúmeras vantagens, tanto para o meio ambiente a nível global, que é o interesse direto, mas também para os interesses da própria empresa, que passa a ter diversas vantagens empresariais através desta iniciativa de neutralizar emissão de gases.
Devida a consciência coletiva em preservar o meio ambiente, muitas empresas e particulares pretendem reduzir suas pegadas de carbono através de iniciativas como a otimização de eficiência energética, que além de eliminar gases diminui os gastos com energia elétrica.
Por meio dos créditos de carbono, empresas e organizações podem neutralizar ou compensar suas emissões, que resultam de projetos reais e verificados através de empresas internacionais certificadas.
