O mercado de créditos de carbono está cada vez mais ativo e em crescimento, e utilizar fazenda de créditos de carbono na geração de créditos é a principal chave para conseguir entrar neste setor e criar projetos de sustentabilidade ambiental.
Assim, confira como funciona a criação e fazendas específicas para esta finalidade e saiba como utilizar sua propriedade para gerar créditos de carbono. Confira abaixo!
Como minha propriedade pode gerar créditos de carbono?
A geração de créditos de carbono pode acontecer de várias formas em uma propriedade. Uma das principais formas é evitar o desmatamento e preservar as árvores existentes na fazenda, bem como realizar novos plantios de árvores.
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Além disso, também é possível gerar créditos recuperando áreas, como no caso de solos agrícolas que foram degenerados pelo cultivo de monoculturas ou de manejos inadequados.
Ademais, outra possibilidade de gerar créditos de carbono na sua propriedade é com a utilização de combustíveis renováveis nas atividades que demandam algum tipo de combustível fóssil.
Geração de energia renovável também pode fazer parte da lista de formas de como gerar créditos de carbono em uma fazenda, como no caso de geração de energia fotovoltaica, que é a chamada energia solar.
Apesar de o Brasil ser um dos países com maior porcentagem de geração de energia renovável, pois utiliza muito a energia eólica, a energia solar está em constante crescimento no país, seguindo as perspectivas globais de desenvolvimento.
Sendo assim, são várias as possibilidades que uma fazenda tem para aproveitar o espaço, as áreas verdes e as atividades, e gerar créditos de carbono para posteriormente vender e reverter em fundos até mesmo para auxiliar na preservação da própria fazenda.
Isso é uma possibilidade tanto para as fazendas já existentes, que desejam participar deste setor em ascensão, bem como é uma possibilidade para quem tem uma propriedade e deseja transformá-la ou aproveitá-la para gerar créditos de carbono.
A criação de fazenda para gerar créditos de carbono é algo cada vez mais visto, pois é um mercado com muitas oportunidades e que acaba chamando atenção de investidores e pessoas que tenham uma propriedade para utilizar.
Para tanto, é necessário contar com empresas internacionais que regulamentam a atividade, bem como que aprovam o projeto. Ademais, empresas nacionais são especializadas no assessoramento desse tipo de atividade, auxiliando você a criar uma fazenda com tudo o que precisa para ter geração de créditos de carbono.
Alguns requisitos devem ser cumpridos, e é o que você vai ver logo abaixo, no próximo tópico.
Requisitos para a fazenda gerar créditos de carbono
A fazenda precisa cumprir alguns requisitos indispensáveis para poder desenvolver um projeto e se enquadrar na geração de créditos de carbono. Isso vale para todos os casos, tanto para locais que já desempenham alguma atividade, como para os casos de criação de fazenda para gerar créditos de carbono.
Os requisitos são:
- Localização;
- Cobertura florestal;
- Documentação;
- Taxa e desmatamento.
Quanto ao primeiro requisito mencionado, a localização, a fazenda precisa estar situada em uma área de conservação florestal, e as principais regiões mais adequadas no Brasil são o Cerrado e a Amazônia.
Dentro disso, você deve saber exatamente as coordenadas geográficas da sua propriedade para poder ir em busca de um estudo ambiental e verificar as possibilidades de adequação de um projeto.
Outro requisito é a cobertura florestal, que tem relação com o tamanho da área disponível na fazenda. Não são todos os tamanhos que têm capacidade de sustentar um projeto de geração de créditos de carbono, de modo que esse requisito deve ser cumprido e avaliado com cuidado.
Em geral, se sua propriedade tem mais do que 10 mil hectares, as chances de poder criar o projeto e gerar os créditos, são maiores.
A documentação também é um requisito, pois ela deve estar em dia para que a titularidade dos créditos que forem gerados possam ser determinados. Além disso, para regularizar o projeto conforme a lei, toda a documentação precisa estar em ordem.
Dentro disso, entre a documentação está incluído o georreferenciamento do local, que é algo essencial para a construção de um projeto sólido.
Por fim, como viu acima, a taxa de desmatamento também faz parte dos requisitos necessários. Ela serve para que possa ser verificado o risco existente de a área em foco no projeto ser desmatada. Bem como, por meio dessa taxa são traçados os esforços para que ocorra a manutenção da área.
Com isso, você consegue definir se o projeto em sua propriedade é viável e com potencial gerador de créditos.
Quantos créditos de carbono podem ser gerados por hectare?
Depois de conhecer um pouco mais sobre como sua propriedade pode gerar créditos e verificar os requisitos, mais uma questão importante que gera muitas dúvidas nas pessoas é sobre a quantidade de créditos gerados por hectare.
A resposta para essa pergunta não é objetiva, pois o número exato vai depender do tipo de espécies nativas que a propriedade tem. Porém, de um modo geral, a quantidade vai de 38 a 600 créditos por hectare.
Algumas espécies têm maior capacidade de absorção de dióxido de carbono. Bem como, dependendo da atividade desenvolvida na fazenda, o sequestro de carbono também pode ser maior ou menor.
Sendo assim, a capacidade de geração de créditos é grande, sendo algo que pode ser lucrativo, além de algo muito positivo ao meio ambiente, que é o principal beneficiário desse mercado.
Tamanho ideal para a propriedade gerar créditos de carbono
Não existe um tamanho único ideal para que uma propriedade seja geradora de créditos de carbono. Porém, áreas superiores a 10 hectares são as recomendadas por terem maior capacidade e potencial de geração.
Isso quer dizer que espaços muito inferiores a esse tamanho, não chegam a ser viáveis e passíveis de executarem um projeto de geração de créditos, pois não seriam suficientes dentro do mercado em questão.
No entanto, não é apenas o tamanho que deve ser considerado, pois, outros fatores influenciam. Um exemplo é o de uma propriedade que tenha um enorme tamanho, e que, em tese, seria ótima para gerar os créditos.
No entanto, se essa área estiver localizada em uma região não apropriada, como é o caso de áreas isoladas ou que fique perto de unidades de conservação, o projeto não será viável.
De outro modo, uma propriedade menor, mas que esteja localizada em área considerada boa para esse tipo de projeto, como regiões com hidrelétrica ou que tenham maior demanda para abrir pastagens, a viabilidade do projeto se torna adequada.
Sendo assim, claro que o tamanho da fazendo é algo que precisa ser considerado, inclusive é um dos requisitos já mencionados. Porém, não pode ser analisado isoladamente, e sim com os demais dados, principalmente de geolocalização.
O que é taxa de desmatamento
Você já sabe que a taxa de desmatamento é um dos requisitos para implementação do projeto, bem como tem conhecimento da finalidade que ela tem. Agora, então, vai descobrir o que é.
Dentro disso, um cálculo é feito para obter a taxa média de desmatamento histórico existente na região em que a propriedade está inserida, levando em conta uma análise anual.
O resultado dessa conta é a taxa de desmatamento, que vai servir como base para que o projeto seja desenvolvido com estratégias de preservação, levando em consideração o risco existente de desmatamento para o local.
Quanto maior o risco do local, maior é a viabilidade do projeto, bem como maiores e bem direcionados precisam ser as estratégias de preservação incluídas no projeto a ser trabalhado.
Importante destacar a importância dessa taxa, pois os projetos viáveis e mais promissores são de propriedades que estejam situadas em áreas dentro de um arco de desmatamento.
Sendo assim, se a taxa de desmatamento da região for muito baixa, ou quase inexistente, como em áreas de preservação ou áreas indígenas, a geração de créditos será menor e, consequentemente, a propriedade não terá um retorno tão positivo em termos financeiros.
É possível criar uma fazenda para gerar créditos de carbono?
A geração de créditos de carbono pode acontecer tanto em fazendas já existentes, bem como nas que forem criadas com essa finalidade. O importante é que as áreas florestais sejam nativas e preservadas.
Dentro disso, uma propriedade pode ser transformada conforme o projeto de geração de créditos para que consiga ter lucro com esse mercado e para que atue de acordo com os requisitos e estratégias de geração.
Esta é uma realidade cada vez mais comum, considerando que o setor vem sendo mais conhecido e debatido no país. Sendo assim, é sempre uma opção para quem deseja fazer parte do mercado de carbono.
Como funciona o mercado voluntário?
O mercado voluntário de carbono é aquele em que países, suas empresas e atividades, decidem, de maneira voluntária, que irão reduzir as emissões de carbono que geram em decorrência da atividade exercida.
Nesse sentido, é um mercado diferente do regulado, do qual fazem parte os países que são obrigadas por tratado internacional, o protocolo de Kyoto, a diminuírem a produção de carbono.
No mercado voluntário, o que motiva os países é a vontade de firmar compromisso com a sociedade em geral e trabalhar em busca da redução de emissão de gases de efeitos estufa, se alinhando com as necessidades ambientais.
Além disso, também é uma forma de manter boas relações internacionais com os países que já atuam mais ativamente no setor, como é o caso dos países desenvolvidos. Afinal, por mais que não se possa obrigar países em desenvolvimento que trabalhem em busca dos mesmos resultados que países desenvolvidos conseguem, sempre é bem vista e necessária a participação de todos.
Porém, em ambos os casos a regulação e auditoria acontecem por meio de entidades independentes e por empresas internacionais.
Nesse sentido, portanto, a voluntariedade ou obrigatoriedade está relacionada com acordos internacionais em que diversos países são signatários. Alguns deles, como os Estados Unidos, França e Argentina, são obrigados a atuarem na redução de emissão de gases de efeitos estufa.
De outro lado, países como o Brasil participam de forma voluntária nessa redução. Inclusive, por ser um país em que mais de 60% do território é de preservação, bem como por ter boa parte da Amazônia em solo brasileiro, é um dos países com maior potencial de absorção e resgate de dióxido de carbono.
Sendo assim, é importante que atue nesse setor, mesmo que seja dentro do mercado voluntário.
Desafios e oportunidades no mercado de créditos de carbono
Muitas são as oportunidades e também os desafios dentro do mercado de créditos de carbono. Um dos principais desafios é conseguir enquadrar os projetos em todos os requisitos necessários.
Não basta que as pessoas queiram entrar nesse mercado e tenham uma propriedade com vasta área verde, com atividade agropecuária ou demais atividades que podem sequestrar carbono. Como visto até aqui, em algumas situações os projetos não são viáveis.
Sendo assim, esse é um dos desafios mais presentes no cotidiano, o de conseguir efetivar maior atuação no mercado de geração de créditos de carbono.
Além disso, em relação às oportunidades, elas são muitas, principalmente por esse ser um mercado em expansão. Com a crise global anunciada há algumas décadas e com cada vez mais informações e estudos relacionados, ações para reduzir os gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global, são cada vez mais cobradas.
Diante desse cenário, a tendência é que o mercado siga em crescimento e cada vez mais oportunidades de geração de créditos sejam observadas.
Ainda, ao olhar para o lado econômico do mercado, e não apenas para o lado propriamente ambiental, também tem grandes oportunidades pela valorização dos créditos.
Atualmente, um crédito de carbono no Brasil pode valer entre R$ 12,00 e R$ 365,00, sendo aproximadamente US$ 2,00 por tonelada. Comparado com valores praticados há alguns anos, o crescimento é considerável.
É possível gerar créditos de carbono por meio do manejo florestal sustentável?
Sim, a propriedade pode gerar créditos por meio de manejo florestal sustentável, sendo essa uma ótima opção. Isso porque, com esse tipo de técnica é possível obter benefícios ambientais, econômicos e sociais, sem causar danos ao meio ambiente.
Diante disso, a propriedade consegue capturar recursos e gerar créditos, ao manter a floresta em pé e saudável, com uso de meios sustentáveis que não agridem o bioma ao redor, nem geram danos.
Tudo isso deve ser feito conforme descrito no projeto elaborado para a geração de crédito de carbono.
Afinal, como são comercializados os créditos de carbono?
O primeiro passo para comercializar os créditos de carbono é ter um projeto que seja viável e passível de gerar os créditos. Depois disso, é importante ter assessoria de empresa especializada para acompanhar todos os passos.
Em seguida, ter em dia toda a documentação do projeto também é fundamental, para que os créditos gerados sejam válidos e possam ser comercializados.
Além disso, fiscais internacionais visitam o local para auditorias e validação de todos os dados existentes no projeto.
Em seguida, chega o momento de registrar os créditos e fazer a emissão, o que acontece por meio de organizações internacionais, possibilitando a comercialização.
Desse modo, no país, a comercialização pode acontecer por meio de leilões, bem como pode ser comercializado internacionalmente para países que excederam o limite estabelecido de produção de dióxido de carbono.
Conclusão
Chegando ao final deste post, você já tem grande conhecimento acerca da criação de fazenda para gerar créditos de carbono, sabe como funciona, o que é necessário e quais os requisitos para aplicação do projeto,
Além disso, compreendeu também muitos outros detalhes que envolvem o mercado de crédito de carbono, o que é essencial para quem está entrando ou pretende fazer parte desse tipo de negócio.
Assim, ter uma fazenda para gerar créditos de carbono é algo muito viável e rentável, desde que os requisitos sejam observados e que tudo seja feito com o devido assessoramento.
Sem assessoramento, você corre o risco de produzir créditos que não sejam válidos, pois a legislação é bem rigorosa e detalhada sobre as condições ideais que os créditos devem ser gerados para que sejam validados e homologados.
Portanto, o investimento é positivo, porém requer atenção e cuidado especial para que você tenha segurança em todos os passos e realize tudo dentro do exigido para obter os resultados que deseja, tanto ao nível de contribuição para o problema global ambiental, quanto para ter lucratividade em sua propriedade.
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